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11 de agosto de 2015

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Enquanto preparo a próxima viagem (Cracóvia/Auschwitz), um feliz acaso fez-me acrescentar à lista do guia a comprar dois outros livros: "Se isto é um homem" e "Perguntem a Sarah Gross". O primeiro rapidamente lido (e ainda a ser digerido) deu lugar ao segundo, o qual me prende à leitura como se mais nada houvesse...
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"As personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade está sepultada, debaixo da ofensa que sofreram ou que infligiram a outrem. Os SS maus e estúpidos, os Kapos, os políticos, os criminosos, os proeminentes grandes e pequenos, até os Haftlinge indiferenciados e escravos, todos os degraus da insana hierarquia criada pelos alemães, estão paradoxalmente unidos numa desolação interior.
Mas Lorenzo era um homem; a sua humanidade era pura e incontaminada, estava fora deste mundo de negação. Graças a Lorenzo, aconteceu-me não esquecer que também eu era um homem." in  "Se isto é um homem"


2 comentários:

Lemon disse...

Quando li "Se isto é um homem" foi como um murro no estômago. Ainda hoje me impressiona apesar de terem passado uns anitos. Há livros assim...

Isilda disse...

É verdade, Lemon. Em relação a esta temática penso sempre que vai para além da compreensão humana, mas... foi criação de seres humanos... e fica difícil de digerir.
Tenho agora de ler "Noite" de Elie Wiesel e "Sem destino" de Imre Kertész.
Beijinho